A reforma tributária é um dos assuntos mais discutidos no Brasil nos últimos anos e promete mudar profundamente a forma como empresas e profissionais recolhem impostos.
Entre os setores mais impactados está a área da saúde, que desempenha papel essencial para a sociedade e concentra milhares de profissionais em clínicas, consultórios e hospitais.
Com a aprovação das novas regras, médicos, dentistas, fisioterapeutas, psicólogos e gestores de clínicas precisam compreender como ficará a tributação e de que forma o fator de redução previsto na lei pode beneficiar (ou não) o setor.
Neste artigo, a equipe da AJMED Contabilidade explica em detalhes como funciona hoje a tributação, o que muda com a reforma, quais atividades terão redução na alíquota e quais os impactos práticos para profissionais e empresas da saúde.
A reforma tributária tem como objetivo simplificar, modernizar e tornar mais justo o sistema de arrecadação do país.
Atualmente, o Brasil é considerado um dos países com o sistema tributário mais complexo do mundo, o que gera burocracia e insegurança para quem empreende.
Principais pilares da reforma:
De acordo com o governo federal, as mudanças seguem três pilares fundamentais:
Unificação de impostos
O novo modelo prevê a substituição de diversos tributos atuais:
Com isso, o país passará a ter um sistema mais enxuto, baseado em CBS + IBS, incidindo sobre bens e serviços.
Atualmente, profissionais e empresas da saúde podem se enquadrar em diferentes regimes tributários, sendo os mais comuns o Simples Nacional e o Lucro Presumido.
O Simples Nacional é bastante utilizado por médicos, dentistas, psicólogos e fisioterapeutas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões.
Nesse regime, os impostos são pagos em guia única mensal, mas há uma regra importante: o Fator R.
Na prática, a tributação efetiva no Simples Nacional pode variar de 6% a 19,5%, dependendo do faturamento e da estrutura de custos.
O Lucro Presumido também é muito utilizado por clínicas e consultórios. A carga tributária gira em torno de 13,33% a 16,33% sobre o faturamento, sendo composta por:
Esse regime costuma ser vantajoso para clínicas que têm folha de pagamento reduzida e margens de lucro mais elevadas.
Com a reforma, a expectativa é que a alíquota padrão para empresas em geral fique entre 25,7% e 27,3% sobre o faturamento.
Essa perspectiva gerou preocupação entre profissionais da saúde, já que muitos hoje pagam menos que isso.
Para equilibrar o impacto, o texto aprovado prevê um fator de redução de 60% na base de cálculo para diversas atividades relacionadas à saúde.
O fator de redução significa que, em vez de pagar a alíquota cheia (em torno de 27%), clínicas, hospitais e profissionais enquadrados terão a base de cálculo reduzida em 60%.
Na prática, isso leva a uma carga tributária efetiva de aproximadamente 10,92% sobre o faturamento.
A lista de atividades contempladas pelo fator de redução é bem ampla e inclui desde serviços médicos até áreas complementares da saúde.
Serviços médicos e hospitalares:
Serviços clínicos e especializados:
Outras áreas da saúde:
Essa lista mostra que a reforma buscou contemplar a maior parte dos serviços ligados à saúde, reconhecendo a relevância social do setor.
A aplicação do fator de redução terá efeitos diferentes conforme o regime atual de cada profissional ou clínica.
Para quem está no Simples Nacional: Profissionais enquadrados no Anexo III, que hoje conseguem pagar 6%, terão aumento, já que a nova carga mínima será de 10,92%.
Por outro lado, quem está no Anexo V, com alíquotas de 15,5% a 19,5%, pode se beneficiar, já que passará a pagar menos.
Para quem está no Lucro Presumido: Clínicas e consultórios que hoje recolhem entre 13,33% e 16,33% poderão ser beneficiados com a redução para 10,92%, tornando a reforma positiva para esse grupo.
Para hospitais e grandes estruturas: Instituições de maior porte tendem a se beneficiar da simplificação, já que o sistema unificado reduzirá a burocracia e dará mais previsibilidade ao planejamento financeiro.
A área da saúde foi uma das contempladas pela reforma tributária com a previsão de um fator de redução de 60%, que deve resultar em uma carga efetiva de aproximadamente 10,92% sobre o faturamento.
Na prática, essa medida reconhece a importância do setor e busca equilibrar os impactos da nova tributação.
Entretanto, os efeitos práticos serão diferentes para cada situação: quem hoje paga menos pode ter aumento, e quem paga mais pode ter redução.
Por isso, é fundamental avaliar cada caso individualmente e contar com apoio contábil especializado para tomar a melhor decisão.
A AJMED Contabilidade é referência em soluções contábeis para profissionais e clínicas de saúde. Nossa equipe acompanha de perto todas as mudanças da reforma tributária e está pronta para orientar médicos, dentistas, fisioterapeutas, psicólogos e gestores de clínicas a se adaptarem da melhor forma, pagando menos impostos de forma legal e segura.
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Fundador e CEO da AJMED – Contabilidade Médica e euContador – Contabilidade Digital, tendo mais de 20 anos de experiência no mercado contábil. Possui mais de 3500 alunos, 250 CNPJs sob gestão e mais de 200 médicos em seu escritório. Possui a formação Academia de Contabilidade Médica, que forma centenas de alunos todos os anos.